O Impostômetro, painel instalado na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), na Rua Boa Vistam 51, no Centro Histórico da capital paulista, atingiu hoje, às 7h54, a marca de R$ 2,5 trilhões na segunda-feira. O montante pago pelos contribuintes desde o primeiro dia deste ano aos governos federal, estaduais e municipais chega 11 dias mais cedo, comparado com 2019. Em 2020, por causa da pandemia de covid-19, o valor não foi registrado.
De acordo com o economista da ACSP, Marcel Solimeo, três fatores contribuem para o crescimento da arrecadação. “Temos a recuperação das atividades econômicas, comparadas com o ano anterior, que foi fraco; a inflação em projeção acima dos 10%, o que influi nos preços finais dos produtos; e os pagamentos de impostos que estavam atrasados”, explicou.
Segundo avaliou, apesar de o ritmo da arrecadação ser maior, o País vive cenário de desequilíbrio entre os gastos e a receita. “É preciso reforçar sobre a importância da reforma administrativa para que o Brasil alcance um crescimento sadio. Os gastos têm sido maiores que a receita”, disse.
A ACSP e o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) fizeram um levantamento do impacto dos impostos nos produtos natalinos. Durante a celebração com a família, melhor não pensar no peso dos impostos para não se assustar. Do valor pago pelo vinho importado, por exemplo, 69,73% corresponde a imposto. No caso do espumante, 59,49%, cerveja, 55,60% e vinho nacional, 54,73%.
Já os enfeites para a casa, no caso das luzinhas, a carga de impostos é de 44,54%. Árvore e cartão de Natal são tributados em 39,23% e 37,48% respectivamente.
De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), quem pretende reunir a família para o jantar natalino vai pagar caro este ano, pois 29,32% do preço do peru, chester ou pernil, que serão destinados aos cofres públicos, nos âmbitos federal, estadual e municipal. Outros produtos muito consumidos nas festividades de fim de ano, como, champagne ou o espumante (59,49%); panetone (34,63%), árvore de natal (39,23%) e enfeites (39,70%), tem a tributação ainda maior, sendo que os valores de venda já possuem os impostos embutidos nos preços dos produtos, portanto, o consumidor não tem como escapar e deve ter uma ceia salgada.
Segundo o professor de Direito Tributário e Compliance da Faculdade Instituto Rio de Janeiro, Cláudio Carneiro, a taxa de encargos se agrava por causa da tributação indireta, ou seja, da incidência de tributos em efeito cascata que acaba onerando bastante a cadeia produtiva desses equipamentos.
“Todo esse custo acaba sendo repassado no preço ao consumidor final – é o que se chama repercussão tributária. Para entender esse efeito dominó, basta ter em conta a incidência do imposto de importação, imposto sobre produtos industrializados, imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços, PIS/Cofins, entre outros”.
Os consumidores que pretendem presentear um amigo ou familiar, esses sim devem preparar o bolso, os tributos podem chegar a quase 80%, especialmente os itens de beleza como: perfume importado (78,99%) e maquiagem importada (69,53%). Os queridinhos do momento são os produtos eletrônicos, nestes os impostos atingem até (72,18%) do valor do videogame, tablet importado (59,32%) e smartphone importado (68,76%). Além do presente da criançada, nos quais, em geral, 39,70% do seu valor é destinado à arrecadação pública.
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